A família cresceu, e agora ?

Conviver com meio-irmãos e até com os filhos do padrasto ou da madrasta pode parecer um problemão. Mas quem já está nessa garante: aceitar as diferenças e aprender com elas é a maneira mais fácil de encarar a situação !

Na série de TV e de livros Gossip Girl, de Cecily Von Ziegesar, a personagem Blair Waldorf tem esse problema. A mãe dela, Eleanor Waldorf, após se separar do marido conheceu Cyrus Rose e casou-se com ele. Pra piorar, Cyrus tem um filho - cujo Blair acha insuportável - e o casal teve uma menina. Pra ela, esse foi o pior problema do mundo.
Mas não é assim ! Isso não significa jogar para debaixo do tapete as dificuldades e fingir que elas não estão ali. Os conflitos vão existir e só se resolverão depois de muita conversa. "O melhor é tentar chegar a um consenso, mesmo que, para isso, seja necessário estabelecer acordos de boa convivência", explica Maria Teresa, psicóloga adolescente. Se os envolvidos conversarem logo no início sobre os problemas que estão enfrentando, poderão estabelecer novas regras que deverão ser seguidas por todos no dia-a-dia. Isso evita que a situação que começou por uma besteira acabe em briga! É o que faz Mariana Moreira, de 17 anos, que tem uma história bem diferente das outras. Ela é a irmã mais nova, fruto do segundo casamento dos pais. Mas, nem por isso, deixa de passar um ou outro perrengue com seus três irmãos, que têm entre 27 e 34 anos! "Como eles são bem mais velhos, às vezes pegam no meu pé. Mas eu tento não me irritar e arrumar briga. Acho que isso só iria piorar as coisas", ela conta.

Problemas à parte, ter uma nova família é sempre um privilégio. Isso porque é ali, no dia-a-dia, que aprendemos lições importantes. "Se entre os irmãos de sangue já existe competição, rivalidade e ciúme, com os irmãos de criação também haverá. Mas essa experiência pode render novos relacionamentos e vínculos afetivos", explica Maria Teresa. Para a psicóloga Ana Maria Massa, toda experiência pode ser boa, dependendo da maneira como a enxergamos. O melhor mesmo é procurar tirar proveito dessa nova situação, abrindo o coração para as novas amizades. Dê essa chance a si mesma, vai ?




Madrastas e padrastos... Uma situação complicada

Vocês já assistiram "A Nova Cinderela" com Hilary Duff ? A personagem de Hilary passa por um problema semelhante, mas ao mesmo tempo diferente. Após a morte do pai, Hilary passou a morar com a madrasta, que abusava dela. Mas nem sempre as coisas acontecem assim.
Aceitar que o pai ou a mãe encontraram um novo companheiro, para algumas garotas, também não é tão simples. E, por trás da rejeição ao "intruso" está a dificuldade em se conformar que terá de dividir as atenções das pessoas que mais ama. "Outra coisa que acontece bastante é o que chamamos de 'conflito de lealdade'. A adolescente acha que não pode gostar do novo companheiro da mãe ou do pai porque pode estar traindo a mãe ou o pai biológico. Por isso, prefere rejeitar a pessoa. Mas é importante saber que ela pode gostar do padrasto e da madrasta e continuar ligada aos pais ", diz a doutora Maria Teresa. O ciúme também costuma complicar, mas vale o bom senso. Seu lugar está garantido no coração dos dois. Porém, se ficar difícil demais de lidar com essa confusão de sentimentos, não pense duas vezes antes de conversar com seus pais sobre isso. Deixe bem claro que está se sentindo rejeitada e descontente. Mas diga isso com palavras, não com ações.


Por isso meninas, caso a família aumente, é importante valorizar o lado bom. Quem não ia gostar de um irmão novo com amigos gatinhos ?


Beijinhos, Luísa.